O local do descanso eterno de grandes figuras históricas.
Mistérios Narrados é uma série inspirada em creepypastas, contos, histórias e relatos, narradas e produzidas por Tiago Sousa. Lugares onde não ir 005: São Paulo – Cemitério da Consolação
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Narração e Produção: Tiago Sousa
Edição: Luciano Munhoz
Sinopse
Atenção: algumas descrições podem afetar ouvintes sensíveis.
Há lugares onde o ar parece ser diferente. Onde as luzes parecem iluminar menos e que olhos invisíveis te olham fixamente.
Muitos desses lugares são lugares abandonados, afastados de grandes centros urbanos ou quase desconhecidos.
Porém isso não é verdade. Grande parte de nós passa por eles todos os dias, muitos inclusive os visitam com frequência.
E é sobre esses lugares que vamos falar agora. Onde o sobrenatural está presente e as pessoas não fazem ideia.
Mistérios Narrados apresenta uma nova série:
Lugares onde você não deveria ir
Sobre este episódio
Cemitérios sempre foram locais de silêncio e respeito. As pessoas visitam seus entes queridos, demonstrando a falta que eles fazem. Flores adornam os túmulos e jazigos. Um local de paz e saudade.
Mas isso só durante o dia. Quando o sol se põe as coisas mudam drasticamente…
À noite, todo cemitério é um local de desconforto. Passar na frente de seus muros e portões despertam os instintos de alerta do corpo. Todos sabemos que dentro daqueles muros existem coisas que as pessoas não conhecem ou fingem que não existem.
Sejam bem vindos Estranhos. Há quanto tempo não nos vemos. Sentem-se e escutem atentamente, porque hoje vamos falar de outro Lugar Onde não Ir.
O Cemitério da Consolação.
A mais antiga necrópole da cidade de São Paulo, fundado oficialmente em 1858 mas iniciou seu funcionamento em 1829. Tem uma área de mais de 76 mil m² e é uma das referências em arte tumular do Brasil.
Ele é o local do descanso eterno de figuras importantes, como a Família Matarazzo, a Marquesa de Santos e Monteiro Lobato.
Mas o Cemitério da Consolação também abriga histórias e relatos de acontecimentos nem um pouco mundanos.
Seus funcionários dizem que visitantes estranhos são vistos todos os dias, alguns até quando os portões estão fechados. Conta-se que certa vez, num dia escuro e de muita chuva, viu dois homens parados na frente de um jazigo. Os dois homens olhavam fixamente para o túmulo, e estranhamente suas roupas pareciam não molharem mesmo debaixo da chuva forte.
Há histórias contando que uma mulher idosa de vestido preto pode ser vista andando pelo cemitério logo após o pôr-do-sol. Não se sabe quem realmente possa ser mas todas as vezes que foi vista foi nas proximidades do túmulo de Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. Pode ser que a Marquesa ainda sinta saudade de seu eterno amante Dom Pedro I e sai ao anoitecer em busca de seu amado.
Há também um tumulo peculiar, de um jovem americano chamado George C. Eck. Ele morreu numa época em que os custos de enviar um corpo para seu país de origem eram exorbitantes, então seus colegas de trabalho avisaram a família e optaram pelo sepultamento por aqui mesmo.
Seu túmulo é simples e sua lápide diz apenas “Erected by his friends”, ou “Erguido por seus amigos”. Dizem que quando se permananece perto de seu túmulo, as pessoas sentem um enorme sentimento de saudade de algo que não sabem ou não conseguem explicar.
O túmulo da família Matarazzo, o maior mausoléu do local, tem sua gama de histórias. Funcionários dizem que é possível ouvir, regularmente, gritos e lamentos vindos de dentro do grande sepulcro. O ar dentro da construção é muito frio, mesmo nos dias mais quentes.
Mas o que mais chama atenção é um fato amplamente conhecido e documentado. Durante o enterro de uma das filhas do patriarca dos Matarazzo, um dos coveiros teve um mal súbito e morreu durante o sepultamento. E desde então os funcionários e transeuntes afirmam ver um homem vestindo um uniforme de trabalho adimirando o grande túmulo, e quando tentam se aproximar, o homem simplesmente desaparece no ar.
Quando a noite cai as estátuas parecem ganhar vida. Seus olhos de pedra e metal parecem acompanhar quem caminha por entre os túmulos, julgando-os ou até mesmo tentando alertá-los de que não deveriam estar ali. Então tome cuidado ao passar em frente ou mesmo entrar no cemitério da Consolação.
Nunca se sabe quem pode te acompanhar ao sair…
O Cemitério da Consolação é mais um Lugar Onde não Ir em São Paulo.
Até a próxima, Estranho.
Ouça também
Curtiu este conto? Ouça também a série Os Portadores, também produzida e narrada por Tiago Sousa, além de outros contos que você poderá conferir por aqui ou pelo feed do Papo de Louco:
- Mistérios Narrados: Os Portadores – Piloto
- Mistérios Narrados: Contos #001 – O Gato Preto
- SANATÓRIO: Luz por baixo das Cortinas
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